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segunda-feira, 6 de março de 2017

ELE ESTAVA NO EGITO, MAS, VISIONÁRIO QUE ERA, VEIO PARAR EM BUÍQUE.


    Foi assim como que de repente, no Sol escaldante, calor abrasante daquele deserto das pirâmides do Egito, estava Abdul Al Kham Aziz, a observar àquela grotesca natureza e as gigantescas pirâmides, obra do homem, na ambição de alguns semi-deuses, se verem enterrados, para, se possível, um dia voltaram à convivência normal no meio da humanidade. Claro que um desses faraós certamente, não iria muito se adaptar com as mudanças ocorridas nesses quase ou mais de 3 mil anos decorridos, desde que estão naqueles monstruosos jazigos dormindo o seu sono eterno, mas de uma coisa podem ter certeza, eles, os faraós, iriam ficar boquiabertos e estupefatos diante do que se deparariam e, certamente voltariam às suas tumbas sem maiores delongas.
    Pois bem, Abdul, um estudioso da arqueologia, sem deixar de lado sua visão cósmica astrológica de formação e origem do infinito, com uma mistura da ciência metafísica da formação do Universo, esperava ali encontrar alguma resposta para a nossa origem, a qual tanto perseguia e esperava por respostas que nunca, àquela altura da vida, já beirando a casa dos 60 anos de idade, as teria encontrado, apesar de ter andado por vários continentes onde tinham vivido civilizações das mais antigas, mesmo assim, não houvera obtido resposta alguma para as suas indagações acerca da origem o homem, do mundo e da vida. Não era muito afeito às explicações religiosas ou anti-científicas. Buscava provas para comprovar ou não, algumas assertivas que livros sagrados houveram descrito há milhares de anos, mas o que queria mesmo, não era somente a questão dogmática, mas sim, a realidade palpável que ele cientificamente pudesse vir a comprovar.
     Nas regiões desérticas, as chuvas geralmente, eram de areia, porque de água mesma, era coisa inimaginável. Foi então que numa tarde qualquer, naquelas longínquas terras do deserto egíptico africano, que Abdul Al Kham, de complacência franzina, corpo parecendo fragilizado, de voz mansa, meio rouca, barba esbranquiçada e meio alongada, balbuciou algumas palavras em sânscrito, como sempre fazia logo após montar a sua barraca para dormir e, via de regra, quando não ficava conversando um pouco com seus auxiliares de suporte na sua empreitada de busca de respostas, adentrou em seu rústico abrigo feito de lona grossa, fortemente montada numa estrutura de ferro e madeira e, em seu saco de dormir, buscou tirar uma soneca noturna, para,  no outro dia, continuar com a sua empreitada de pesquisas, que em determinados momentos, imaginava, nem ele mesmo, saber o que estava buscando naquelas plagas distantes e infindas, mas queria respostas, embora não as tivesse e, de uma hora para outra, adormeceu e entrou em sono profundo.
   No outro dia, ao acordar, meio atônito, ainda cambaleando meio sonolento, abre os olhos meio arremelados, e percebe que não estava mais no deserto do Egito, mas sim, dentro de uma caverna meio friorenta e, vê algo se mexer e percebe um lagarto esverdeado, com o tamanho de um palmo mais ou menos e também, alguns morcegos esvoaçarem de um lado para outro naquele ambiente cavernoso e, aí nota de verdade, que não está mais no deserto onde empreendia as suas pesquisas. Atônito, perturbado, indaga, caraca, meu, em que local, em que mundo estou, porra? - Recobrou os sentidos e viu uma tosca luz saindo de um buraco. Encandeou-se um pouco, deu alguns passos lentamente, meio temeroso e saiu e chegou fora da caverna. Ao sair e olhar para os lados, deparou-se com regiões montanhosas e rochosas para todos os lados. De repente, sentiu-se perdido, estranho, atordoado, quis gritar, chorar, mas para quê e para quem ouvir!? - Que mundo afinal era àquela no qual tinha num normal adormecer e amanhecer tinha se deparado? Que mistério, afinal de contas, era aquele? Do deserto do Egito para aquele lugar estranho, sem saber onde estava, sem ver uma viva alma, a não ser alguns pequenos animais, mosquitos, moscas e nada mais que isto! Estava perdido num infindo mundo, ou tinha, finalmente, como queria, encontrado as respostas das quais tanto perseguia por toda a sua vida, imaginava! - De repente, ao recobrar os sentidos por completo, começa a andar e percebe alguns casebres rústicos, ouve vozes com dialetos estranhos, mas ele, um intelectual que falava vários idiomas, sabia perfeitamente falar os português e de logo, percebe que ali estavam falando a língua de Cristovão Colombo, o descobridor das Américas. Chegando-se às pessoas, que o olhavam estranhamente, veio a saber que ali naquele lugar, era conhecido como a Terra dos Brêus e, aos poucos foi se familiarizando com os nativos e pensou consigo mesmo, será que cheguei no início de tudo? - Pois bem, a partir dali, Abdul iria mais uma vez, dar início a mais uma  jornada de sua vida, iniciar tudo do zero, para ver se chegaria finalmente a algum ponto de partida. Era o começo do fim!

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