Para nós que estamos chegando ao ocaso
da vida, a indagação pode soar estranha, porque a bem da verdade, ninguém quer
parar ou deixar de fazer tudo que sempre quis ou desejou na vida, sobretudo
determinadas extravagâncias, de certa forma, até exageradas para quem viveu
toda uma vida e não o fez quando podia, se bem que, extrapolar na vida, a
qualquer que seja o tempo, nunca soa muito bem ao corpo, ao organismo e à
saúde, mas nessa condição de seres humanos, nunca acreditamos que estamos
extravasando, mas sim, fazendo o que queremos e o que podemos fazer.
Como esta nossa vida é limitativa a um
determinado lapso temporal, isso no seu curso normal, nem tudo que queremos podemos
fazer, porque na verdade, apesar de sabermos que um dia vai se apagar a luz da
vida por completo, ainda assim, ninguém quer que a vela seja apagada, mas
inexoravelmente, é algo que não depende de nenhum ser humano, por mais que tenha
estudado ou por mais “deus” que venha a se sentir. O certo é que a luz de cada
um de nós vai mesmo se apagar de vez. Por essa razão, de uma vida curta e por
tempo limitado, isso quando o sujeito não emplaca inesperadamente, como num
lampejo de milésimos de segundos e pronto, se foi!, ou então, quando nem ao
menos vive, conhece a vida, pisa no solo, aprende o que tem que ser, vai assim,
sem mais nem menos, aí sim, é que é por demais doloroso.
De uma coisa podem tem certeza, ninguém
escapa e, na medida que o tempo vai adentrando em sua linha, a gente
obrigatoriamente, quer queira ou não, vai encurtando esse espaço e o que não dá
para entender, é o fato de que, não se sabe se a gente perde mais um dia de
vida ou ganha! – Será que ganha, já que está se aproximando cada vez mais do
ponto limiar? – Será que se perde, em que também se aproxima no mesmo ponto? –
Não dá para responder. O certo é que, muitas mazelas vão aparecendo e, fazendo
ou não fazendo determinados hábitos que aprendemos a praticar no decurso deste
curto lapso temporal de vida, a única certeza é que a qualquer momento qualquer
um de nós pode apagar de vez e aí, exagero pelos maus hábitos adquiridos? –
Será que é isso, ou o sujeito bem comportadinho, praticando tudo como manda o
figurino, não vem a ter um infarto, um AVC ou um aneurisma cerebral e da mesma
forma, vir a parar tudo de vez? – Bem, pelo sim, pelo não, pode ser que sim e
da mesma forma, pode ser que não. O certo é o fato de que, se a vela apagar de
vez, tudo na verdade se acabou!
A luz da vida se apagando, para quem
muito fez ou deixou de fazer, se torna na mesma coisa. Pode ser grande, preto,
branco, pobre, rico, vaidoso, cuidadoso, que da mesma forma vai, não tem quem
escape. Esta, camaradas, é a execrável realidade da vida, que ninguém aceita e
por mais que se faça para prolongar, mesmo que ande dentro de determinado
padrão de figurino de vida, o certo é que nessa hora de “a vela apagou”,
pronto, já era! – Nada mais há que chorar o leite derramado, porque ele não
retorna mais para a vida e pode se preparar para ser devorado por vermes
rastejantes e bilhões de bactérias fétidas e pronto e isso que é a vida e de
tudo isso, só sobra mesmo o pó, de onde viemos. Para onde iremos!? – O mistério
de tudo isso, se servir de consolo que vamos para o Céu, tudo bem e se não
formos mais a parte alguma?
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