QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 17 de setembro de 2017

NÃO SOU O DONO DA VERDADE, TAMPOUCO A PALMATÓRIA DO MUNDO, POR ISSO MESMO, É QUE ME CONSIDERO VULNERÁVEL COMO QUALQUER OUTRO SER HUMANO


       Ora, a ninguém é dado o direito de arvorar-se como o dono da verdade inconteste ou o de ser a palmatória do mundo. Quem assim pensou, agiu e imaginou, terminou sempre por quebrar a cara, porque a ninguém é dado o direito de dizer que é o dono da verdade, porque esta é relativa. O que pode ser tido como verdadeiro em determinado momento ou em algum ponto histórico da linha do tempo, noutro momento qualquer, poderá não mais vir a ser tido como verdadeiro. Tem-se muitos exemplos na história, sobretudo, quando se trata do dogmatismo religioso e da própria história da humanidade, que nem sempre é contata realisticamente como de fato aconteceu em cada ponto da história. Toda a humanidade, só chegou a passar historicamente, o que lhe era conveniente a quem estivesse no poder de mando do absolutismo ou da religiosidade, que defendesse um deus de um jeito ou de outro.
        Agora, o que tenho a dizer, é que posso perfeitamente ter em mente, as minhas próprias convicções, as minhas próprias verdades e disso, não dou o direito a ninguém, de tentar ou querer mudar o que durante toda minha vida, na minha formação moral e intelectual, se sedimentou como cimento de minha alma, e isso, se pode até discutir, mas mudar a forma, a maneira de ver as coisas e de interpretar o mundo, a essa altura do campeonato, é muito difícil, porque não acredito senão, naquilo que foi sedimentado ao ínfimo de tempo de minha vida, durante esse lapso temporal, dentro de mim, de minha alma, que no meu entender, esta só existe, enquanto meu corpo tiver existência, e não quando se tornar um amontoado putrefato que ao passar do tempo voltará a ser o pó do qual eu e todos nós viemos. Então mudar o quê, a essa altura do campeonato!
        Não tenho nada do que mudar. Mudar é para os que estão em pleno estágio de desenvolvimento, de autoafirmação de seu desenvolvimento mental, intelectual e moral, pois a moral está em como você objetivamente observa o mundo exterior e traz para dentro de si, o seu próprio conceito de como algo ou um determinado princípio filosófico de viver, lhe é colocado. De como se vai interpretar tudo isso que vai fazer parte da sedimentação firmatória de todo e qualquer ser humano.

       Pode-se até ser o produto de tudo que está aí em nossa frente, mas eu mesmo, sigo a minha própria linha daquilo que aprendi como certo ou errado e não dou o direito a ninguém, de censurar, repreender, vir a me corrigir, nesse ápice negativo de vida em que me encontro, de passar a reescrever minha própria história, o que aprendi como certo ou errado e passar a pensar, agir e imaginar tudo de forma diferente. Isso não vai jamais acontecer em minha vida, porque tudo já está encalacrado em minha formação de vida, em minha alma, que vai, certamente, morrer junto comigo. Quanto ao espírito, este poderá ficar, se de alguma forma, vir a ser lembrado por alguém de meus familiares ou os tantos pseudos-amigos que dizem me conhecer. Sei que não posso mudar o mundo. Aliás, nunca pude, apesar de ter feito alguma coisa nesse sentido, mas acredito que, se eu não tivesse vindo a estas plagas, certamente, o mundo não teria sido o mesmo, porque eu mesmo, só pode ser eu mesmo, e nada seria diferente e não é agora, que Manoel Modesto, filho de Milton Modesto e Neto de Manoel Modesto, pai de uma filharada e avó de uma netada, vai mudar a sua maneira de ver o mundo. Isto, camaradas, jamais vai acontecer, mesmo se acaso chegar a arquejar como um desprezível ser humano num leito de morte qualquer, jogado à sua própria sorte da morte certeira, ou se acaso morrer de repente, nada disso mudará. A minha visão de mundo não mais mudará, porque é esta a razão de ainda relutar e de viver essa porra de resto de vida que ainda me resta, isto, se daqui para ali, não vier a sucumbir de vir a ser acometido por uma parada cardíaca real e imediata, um aneurisma cerebral, ser atropelado por um veículo ou de um acidente qualquer que somos passíveis de nos deparar neste mundo violento e cruel em que vivemos nos dias de hoje. Então nada há a ser mudado, tampouco, me arvoro como a palmatória do mundo. Não sou o dono da verdade, apenas das minhas, a qual a ninguém é dado o direito de tirá-la, usurpá-la, porque ela está dentro do meu ser ontológico e este, ninguém poderá tirar de mim de forma alguma.

Nenhum comentário: