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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

OS MEDOS


        Na vida o comum é, de um modo geral, se ter medo de tudo. Na verdade, quando se nasce, já se é fruto do medo. Por exemplo, o temor de um parto malsucedido, de a criança vir à óbito, da parturiente também correr esse mesmo risco, sobretudo, se o parto é realizado através de cesariana e por aí em diante, porque na verdade, todo procedimento médico-hospitalar, por mínimo que seja, já trás embutido, um risco para à vida de qualquer pessoa que se submete a um procedimento dessa natureza, ou até mesmo, ambulatorial. Isso na verdade, faz parte da vida, os medos de nascer, de viver e de morrer.
        À medida que o mundo vai ficando cada vez mais habitado, aí sim, é que realmente, com as sofisticações, os métodos de crueldade que ficam mais precisos e periculosos, os tipos de armas letais que vão surgindo, na verdade, está nos levando a ficar a cada dia, mais aprisionados de nós mesmos, trancafiados dentro de casa, que na verdade, não é da mesma forma, um lugar muito seguro para se abrigar, ainda assim, em casa o risco é menor, se bem que não o afasta, porque a população mundial aumentou estratosfericamente, de forma geométrica, enquanto segurança entre outras necessidades humanas, o avanço foi simplesmente aritmético, daí a fonte cada vez mais num crescendo do medo de tudo.
        O medo também nos chega a nossa própria alma, porque não somos capazes sequer, de tentar viver uma nova vida novamente, porque se tem medo de que tudo volte a ser repetido, por essa razão, tentar outra vez, como diria o aloprado RAUL SEIXAS, não é lá muito reconfortante, principalmente se pairam tantas desconfianças de um ser humano para outro. Não se pode confiar pelo que se viveu no passado, daí o medo da própria vida, de se reviver novamente, por medo, temor do que pode acontecer lá na frente. E de tanto medo, se chega a um ponto, de querer mesmo ficar isolado de vez, porque, como diz o dito popular: “melhor só do que mal acompanhado”.

        Na verdade, temos medo de tudo. Da morte em se fala tanto, mas a única certeza que se tem, é a de que esta, inexoravelmente, um dia vai chegar. Não importa de que estamento social alguém venha a pertencer, porque ela não perdoa ninguém. Todos, querendo ou não, mais dia, menos dia, terão que ir, sem cara feia, a não ser, a da própria morte quando chega, sem dó nem piedade. Nossos medos na verdade, nunca nos deixarão ir adiante daquilo que imaginamos poder fazer, mas o que não se pode, por tais medos, é se deixar de viver, apesar da sombra de nossos próprios medos a nos perseguir diuturnamente, como se fora numa escuridão profunda.

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