Observando
os primeiros nomes indicados para formação do governo Bolsonaro, não pelo fato
de não ter votado nele e fazendo questão em dizer que fico onde sempre estive,
ou seja, na oposição. Sei que pouco importa onde esteja nestes rincões onde
vivo, mas pelo menos, enquanto não for implantado um regime de exceção, até
aqui ainda posso opinar, embora possa vir a sofrer alguma censura prévia dos “milicianos”
bolsonaristas de extrema-direita que já despontam em se formar, mesmo antes do
dia da posse em 1º de janeiro do ano que se avizinha.
Pois
bem, fiz uma pesquisa e pelo que cheguei a observar, a república, com os
primeiros nomes indicados, não vai mudar lá muita coisa. Tudo pode continuar
como dantes, no “Quartel de Abrantes”. Venceu-se um pleito em nome de mudanças
radicais e, sobretudo, contra a corrupção e pela decência de nomes impecáveis
para gerir os destinos de nosso país. Não podemos no momento fazer um juízo de
valor, porém as premissas primeiras, não são nada alvissareiras, pelos
primeiros nomes que estão sendo apontados para formação da equipe do novo
governante, que faço questão de não parabenizá-lo.
Para
a Casa Civil, que é a porta de entrada para todos os atos do governo federal,
foi indicado o nome de Onxy Lorenzoni, deputado federal do DEM do RS, em que
pesa contra ele em delação premiada, o recebimento de dinheiro do caixa 2 de
campanha, tendo votado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e contra
os trabalhadores, ao votar na reforma trabalhista. Então está aí o primeiro
nome em que pesa algumas nódoas inapagáveis, isso porque, se delação premiada
vale para quem é contrário ao Bolsonaro, tem que valer para quem é de dentro de
sua própria casa.
Magno
Malta, senador por Santa Cataria, não reeleito (ainda bem, Deus foi justo), é
um dos principais gurus da campanha do Bolsonaro, vai ocupar lugar de destaque
em seu governo. Magno é evangélico, cantor gospel, foi membro de várias CPI’s,
inclusive da pedofilia, tendo denunciado falsa e criminosamente, um ex-cobrador
de ônibus, por ter estuprado a própria filha, tendo torturado esse senhor, que
preso e processado, chegou a perder uma visão na prisão e hoje vive de uma
pensão de 2 mil reais por mês, ao ser absolvido por falta de provas em 2016,
porém está processando o Estado para se ressarcir de prejuízos insanáveis em
sua vida, que jamais haverá quem venha a reparar. Ele iniciou a sua vida
política em 1993, como vereador de Cachoeiro de Itapemirim, até chegar a ser
senador, não tendo sido reeleito nas últimas eleições, isso por ter feito por
merecer. Sempre esteve ao lado do poder, de quem ganhou as eleições, já tendo
passado por vários partidos políticos, entre os quais, o PTB, PL, PMDB, PSL e
atualmente está no PR. Vale salientar que todos esses partidos estão envolvidos
em esquema de corrupção da braba até o gogó. Em 2016 também, foi acusado pela
Folha de São Paulo, de que através de e-mails enviados em 08 de setembro de
2014, em que se indicava que houvera sido repassado para ele o valor de 100 mil
reais não declarados por Malta, relativo a uma consultoria prestada à fábrica
de móveis Itatiaia, por valor superior através de nota fiscal fria. Esse pastor
“Santo do pau-oco” é o capelão de Bolsonaro e vai integrar a sua equipe. Só se
espera que ele não faça mais inocentes sofrerem, como fez com o ex-cobrador de
ônibus que jamais se recuperará enquanto vida tiver. Também, ele, que tanto
fala em nome da família brasileira, já está no quinto casamento, estando mais
para um playboy feito o João Dória, do que pastor evangelizador.
Outro
nome não muito puro e de primeiro quilate, é o do economista Paulo Guedes, que
é privatista de carteira, representante dos Estados Unidos para gerir a
economia no governo Bolsonaro e já acenou que vai privatizar tudo que estiver
na esfera estatal. Pelo visto, até mesmo o Estado vai ser privatizado, a
depender de suas ideias do capitalismo selvagem que prega. É a favor do Estado
mínimo, contra direitos trabalhistas e de uma reforma radical na Previdência
Social. Esse senhor também, não tem nada de santo. Em 02 de outubro de 2018, o
Ministério Público Federal, iniciou uma investigação contra Guedes que teria
cometido irregularidades em fundos de pensão de investimentos que receberam
fundos de pensão de estatais brasileiras, investigadas pela Operação Greefield.
Também corre a notícia de que ele tem estreita promiscuidade com doleiros, que
sempre extorquem vantagens financeiras indevidas na especulação da Bolsa de
Valores.
Por
enquanto, não poderia ficar de fora, o Juiz Sérgio Moro, que sempre demonstrou
ser um juiz político, de lado e imparcial, sobretudo para condenar até mesmo
sem provas, gente do PT, a exemplo do ex-presidente Lula. Moro fez boca de urna até mesmo no primeiro turno das eleições. Esse juizeco já foi
convidado para integrar a trupe do eleito Jair Bolsonaro, ou no Ministério da
Justiça ou no STF. Deve ter início no Ministério da Justiça, depois vir a ser
indicado para a Suprema Corte, porque pelas vias legais, juiz de primeira
instância, não pode diretamente vir a ser indicado para o STF, então a passagem
pelo Ministério da Justiça é o meio do caminho, tendo assim, reconhecido o seu
trabalho conspiratório para aplainar o caminho para tornar Bolsonaro o próximo
presidente do Brasil. Então não poderia haver valor compensatório maior, do que
transformar esse juiz político em ministro do STF, como forma de pagamento
pelos bons serviços prestados ao eleito, ao tirar Lula de vez do campo
político, que pelo visto, chance alguma terá para sair da prisão.
Com
esses primeiros nomes ventilados, todos eles praticamente enodoados por respingos
de manchas de algum tipo de falcatrua, fica difícil acreditar que a partir de
primeiro de janeiro de 2019, o Brasil venha a ser um país diferente, mesmo que,
num país constitucionalmente laico, venha a ser usado o nome de Deus em vão, o
que se pode observar pelos primeiros nomes indicados. O que se pode esperar, é
que DEUS SALVE O BRASIL!
Nenhum comentário:
Postar um comentário